quarta-feira, 15 de setembro de 2010


Assim eu comecei a compreender, pouco a pouco, meu pequeno principezinho, tua vidinha melancólica. Muito tempo não tiveste outra distração que a doçura do pôr do sol. Aprendi esse novo detalhe quando me dissestes, na manhã do quarto dia:

- Gosto muito de pôr do sol. 
-Vamos ver um ...
- Mas é preciso esperar ...
- Esperar o que...
- Esperar que o sol se ponha
- Tu fizestes um ar de surpresa, e, logo depois, riste de ti mesmo, Disseste me:
- Eu imagino sempre estar em casa!
- De fato quando é meio dia nos Estados Unidos, o, sol todo mundo sabe,  esta se deitando na França. Bastaria ir a França um minuto para asistir o pôr do sol.
- Infelizmente a França é longe demais. Mas no teu pequeno planeta, basta apensa recuar um pouco a cadeira. E contemplava o crepúsculo toda vez que desejava

- Um dia eu vi o sol se pôr 43 vezes
- e um pouco mais tarde acressentaste:
- Quando a gente ta triste demais gosta de ver o pôr do sol ...

-  estavasta tão triste assim no dia dos 43 ?


 Mas o principezinho não respondeu ...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010



Seria bom, se púdessemos colocar a dor dentro de um evolepe e devolver ao remetente.


 E este seria amarelo!

domingo, 5 de setembro de 2010


Assim o principezinho, apesar da boa vontade do seu amor, logo duvidara dela.
Tomara a sério palavras sem importância, e se tornara infeliz.
"Não a devia ter escutado - confessou-me um dia - não se deve nunca escutar as
flores. Basta olhá-las, aspirar o perfume. A minha embalsamava o planeta, mas eu não me
contentava com isso. A tal história das garras, que tanto me agastara, me devia ter
enternecido.
Confessou-me ainda:
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas
palavras. Ela me perfumava, me iluminava ... Não devia jamais ter fugido. Deveria ter-lhe
adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores ! Mas eu
era jovem demais para saber amar."
   
         ...
         Segundo alguns psicanalistas, quando as pessoas se apaixonam, elas não se relacionam com
   alguém de carne e osso, mas sim, com um projeção  criada por ela mesma e a projeção que elas
   mesmas fazem é de um ser completamente perfeito. Porém, depois de algum período, a projeção acaba
   daí passam a ver a 'pessoa perfeita' de verdade, como ela realmente é, cheia de defeitos, falhas, manias, enfim.
        Invariávelmente algumas virtudes do parceiro ou parceira, vão embora com a projeção... 
        Outras ficam ...
 E se o que ficou de cada um for suficiente para os dois, a relação perdura. Caso contrario, ninguém sabe o que faz,
 ligar o botãozinho e reiniciar  uma nova projeção... Amar alguém é função da nossa cabeça, ou melhor, nossa em termos: tem alguma coisa la dentro que funciona por conta própria, sem dar satisfação. Deixar de amar também é função dela. Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto ...