segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

(Des)Caminho ...

 E, sigo naquela contínua. Caminhando pelos mesmos caminhos que levam sempre aos mesmo lugares. É hora da travessia e os caminhos se tornam confusos e nebulosos, se assim posso chamá-los. São escolhas e abandonos que, de certa forma estagnam e faz com que as coisas se tornem confusas. As escolhas a serem feitas são muitas, escolhas que são divisores de águas. Exagerado, do grande Cazuza caberia aqui agora, mas, muito mais que exagero a realidade, a imposição e a lealdade aos desejos chamam. É um convite saudável, porém dolorido. Abandonar as roupas usadas, os passos dados e os caminhos percorridos. São atitudes que você cobra do tempo e o tempo cobra de você. Que joguete fantástico, esse que a vida faz com os viventes. Se responsabilizar por ser o que se é e por aquilo que vier a tornar-se. Não é fácil ser autor da própria história. Ninguém disse que seria fácil, porém difícil também não é, disseram.  Nesse meio, há detalhes a serem percebidos e pesos que devem ser deixados para trás. Porque carregar pesos desnecessários causam angústias desnecessárias. É bem clichê mas, bem verdadeiro também.  Hoje ao entardecer, via o sol se pôr e ao ouvir reflexões de um grisalho, viajava na maionese e na realidade que ele verbalizava, dizia este que, debaixo dos ceus há um tempo necessário para tudo e que, não devemos nem ao menos pudemos, alterar a sequências dos acontecimentos de nossas vidas. Ao ouvir com cautela suas palavras via o sol indo embora pelo vidro embaçado do carro. Ao pensar com carinho no que foi dito naquele caminho de volta pra casa, contemplava a mais bela paisagem que alguém já pudera. A lua, escandalosamente linda, surgia por trás de uma velha árvore seca. E, com isso só via quanta contradição há nessa vida.  Árvore seca, sendo cenário de uma bela lua, pôr do sol indescritível para pensamentos poucos certos e firmes. Quem disse que a vida  tem que ser colorida e feliz?  Contradições, idas, vindas, erros, acertos, sorrisos, descontentamento, paz e desencanto interior também têm suas belezas. Longe desta criatura divina que aqui escreve, querer fazer a linha deprimida e carente, mas é isso. O descontente é também contente. Sempre dá pra extrair algo, uma sabedoria, um pensamento/ideia que será útil. Sempre, sempre de qualquer situação se pode extrair algo de bom.